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terça-feira, 28 de agosto de 2012

PLANEJAMENTO E ROTINA NA ALFABETIZAÇÃO

                                                    Planejamento de Ensino

Antes de iniciar o trabalho com a turma de 1º ano, é importante que o professor, ao planejar, organize atividades voltadas para a sistematização das práticas sociais de leitura e de escrita. A língua portuguesa deve ser o eixo de todas as áreas de conhecimento.

Ao planejar, o professor deve estar atento ao tempo escolar, definindo bem os tempos de leitura e de escrita propostos na rotina semanal. Outros critérios precisam ser levados em conta:

  • organização da turma na sala (duplas, trios, círculo etc);
  • diferenças (a turma pode ter crianças em diferentes níveis de conhecimento em relação à escrita. O professor não deve encarar isso como um problema. Cada aluno é importante e traz características que devem ser identificadas e aproveitadas. A orientação é ajustar o foco, pensar nas possibilidades de interação e troca e seguir em frente com o trabalho);
  • o desenvolvimento das atividades (estratégias de ensino e etapas);
  • recursos didáticos (materiais a serem utilizados nas atividades);
  • avaliação (desenvolvimento da aprendizagem do aluno, desenvolvimento das atividades, intervenções...)
 
            O planejamento deve ter como princípio O QUE ENSINAR, PARA QUE ENSINAR, COMO ENSINAR; o professor precisa ter claro para si, o que espera que os seus alunos aprendam. É fundamental que as ações pedagógicas previstas no seu planejamento, possam além de possibilitar os alunos o domínio da técnica do ler e do escrever, a utilização dessas habilidades em práticas sociais em que a leitura e a escrita sejam necessárias.

Desde o início, o professor deve considerar que os seus alunos trazem experiências de leitura e de escrita de menor ou maior intensidade. Assim, se faz necessário pensar maneiras ou estratégias para aproveitar esses conhecimentos prévios dos alunos.


Rotina Semanal

Organizar uma rotina semanal é fundamental para orientar o planejamento das ações pedagógicas e o cotidiano da sala de aula. O professor precisa ter clareza de quais itens devem ser contemplados e com que regularidade devem ser praticados, possibilitando o sucesso de todos os alunos no processo de alfabetização.

Uma rotina semanal deve contemplar:

  • Leitura feita pelo professor (variando os gêneros) TODOS OS DIAS.
  • Atividades de reflexão e apropriação do sistema de escrita alfabético (identificação e reconhecimento das letras do alfabeto, relação letra/som, composição e decomposição de palavras etc) TODOS OS DIAS.
  • Produção escrita (escrita espontânea feita pelo aluno, escrita feita pelo professor, texto coletivo etc) PELO MENOS 2 VEZES POR SEMANA.
  • Interpretação de texto (ideia central, reconhecimento e função do gênero) PELO MENOS 2 VEZES POR SEMANA.
  • Oralidade (desenvolvimento de habilidades para utilizar a fala nos diversos contextos sociais)
Observação: Na rotina semanal devem constar também as outras áreas de conhecimento (Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes), não esquecendo de que a Língua Portuguesa deve ser o eixo principal.

 
Cabe ao professor alfabetizador conhecer e compreender a proposta metodológica do município, para assim planejar suas aulas baseadas nos princípios contidos nesse referencial (REDEALFA).

Segundo Magda Soares (2003), o professor deverá organizar o processo de construção da leitura e da escrita de forma sistemática e metodológica. É importante que as atividades desenvolvidas com os alunos das turmas de 1º ano possam facilitar o acesso às práticas sociais de leitura e de escrita, assim como, também permitir que as técnicas do sistema de escrita alfabética sejam aprendidas - capacidades indispensáveis para a formação de crianças leitoras e produtoras de textos orais e escritos.

Referências bibliográficas:

Pró-Letramento. Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Alfabetização e Linguagem. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brasília. 2008

Referencial de Alfabetização para a Rede Municipal de Ensino (REDEALFA)

SOARES, Magda Becker. A reinvenção da Alfabetização. [Presença Pedagógica]. Belo Horizonte, nº 52, jul./ago. 2003

MATEMÁTICA

Escrevendo os numeros

A professora realiza um trabalho em sala de aula com escrita numérica, em que faz a criança pensar sobre a escrita dos números.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Produção de texto informativo

Neste trabalho, o professor:

- Propõe a pesquisa e a busca de informações.
- Explora as características do texto de caráter científico e informativo.
- Amplia o universo de conhecimento e informação do aluno acerca de um tema específico.

É muito importante que desde cedo os alunos tenham contato com uma boa variedade de textos informativos e de caráter científico, pois eles permitem o acesso a informações diversas e contribuem para o aprendizado dos procedimentos de pesquisa e de estudo. Saber extrair informações de textos e aprender com eles é uma condição para se tornar estudante. A atividade de produção do texto oral com destino escrito no gênero informativo é fundamental na alfabetização inicial, seguindo as pesquisas mais consistentes na área. "Ao participar desse tipo de situação de escrita, utilizando a linguagem, a organização e as expressões características, o estudante passa a se familiarizar com as maneiras de buscar e apresentar informações", explica Silvana Augusto. Além disso, ele tem mais uma oportunidade de analisar e refletir sobre o sistema de escrita e ainda entra em contato com informações variadas, explicações e curiosidades (leia o projeto didático).

Na Escola Alecrim, em São Paulo, a professora Anna Lúcia Schneider propôs um projeto sobre os polos norte e sul. Primeiro, ela explicou que o produto final da atividade seria um livro ilustrado e que cada um receberia uma cópia. Depois, tentou descobrir o que o grupo conhecia sobre o tema. Ela levou livros com informações sobre as regiões e os animais e pessoas que vivem nelas. Em seguida, formou duplas e pediu que cada uma pesquisasse sobre um aspecto dos polos (animais, clima etc.). Ela circulava pela sala para ver se alguém precisava de ajuda.

Todos eram estimulados a trocar informações e a mostrar para os colegas o que haviam descoberto. O passo seguinte foi a escrita coletiva. A cada texto finalizado, Anna Lúcia propunha uma discussão. As informações estão de acordo com o que lemos? Será que o leitor vai entender o que queremos dizer? Eles consultavam os livros para checar se estava tudo certo e se havia uma maneira melhor de construir o texto.

O trabalho com produção escrita deve ser uma prática continuada, na qual se reproduz o contexto cotidiano em que escrever tem sentido. É percebendo a função social da linguagem escrita, as características do comportamento escritor e a importância de trabalhar o texto que a criança vai avançar na compreensão da linguagem que usamos para escrever.
Texto retirado...  http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/produzir-texto-escrever-431546.shtml?page=3

Produção de texto 1º e 2º ano

Neste roteiro, o caminho para abordar a linguagem escrita levando em conta o propósito do texto, seus potenciais leitores e diferentes gêneros.

Atividades por níveis de aprendizagem

Atividades para alunos com escrita alfabetica
Investir em conversas e debates diários.
Possibilitar o uso de estratégias de leitura, além da decodificação.
Considerar o “erro” como construtivo e parte do processo de aprendizagem.
Produção coletiva de diversos tipos de textos.
Análise lingüística das palavras.
Reescrita de texto (individual / coletiva).
Revisão de texto.
Atividades de escrita: complete, forca, enigma, stop, cruzadinha, lacunado, caça palavra, listas, textos memorizados.
Atividades para alunos com escrita silábica-alfabética 

Ordenar frases do texto;
Completar frases, palavras, sílabas e letras das palavras do texto;
Dividir palavras em sílabas;
Formar palavras a partir de sílabas;
Ligar palavras ao número de sílabas;
Produção de textos, ditados, listas
Atividades para alunos com escrita silábica

Fazer listas e ditados variados (de alfabetizandos/as ausentes e/ou presentes, de livros de histórias, de ingredientes para uma receita, nomes de animais, questões para um projeto, etc.).
Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
Ditado de palavras do texto.
Análise oral e escrita do número de sílaba, sílaba inicial e final das palavras do texto.
Lista de palavras com a mesma silaba final ou inicial;
Escrever palavras dado a letra inicial;
Ligar desenho a primeira letra da palavra;
Usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas,bingos, caça-palavras, etc.);
Organizar supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras aprendidas, diário da turma, relatórios de atividades ou projetos com ilustrações e legendas;
Propor atividades em dupla (um dita e outro escreve), para reescrita de notícias, histórias, pesquisas, canções, parlendas e trava-línguas.
Produção de textos, ditados, listas.
Atividades para alunos com escrita pré-silábica

Iniciar pelos nomes dos/as alfabetizandos escritos em crachás, listados no quadro e/ou em cartazes.
Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
Identificar o próprio nome e depois o de cada colega, percebendo que nomes maiores podem pertencer às crianças menores e vice-versa;
Organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;
Criar jogos com os nomes: “lá vai a barquinha”, dominó, memória, boliche, bingo;
Fazer contagem das letras e confronto dos nomes;
Confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho (número de letras).
Fazer estas mesmas atividades utilizando palavras do universo dos/as alfabetizandos/ as: rótulos de produtos conhecidos ou recortes de revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas).
Classificar os nomes pelo número de letras, pela letra inicial ou final.
Copiar palavras inteiras;
Contar número de letra ou palavra de uma frase;
Pintar intervalos entre as palavras;
Completar letras que faltam de uma palavra;
Ligar palavras ao número de letras e a letra inicial;
Circular ou marcar letra inicial ou final;
Circular ou marcar letras iguais ao seu nome ou palavra chave.
Produção de textos, ditados, listas.

Fonte:
professoressolidarios@googlegroups.com

Texto retirado...
http://cantinhopreferidodamah.blogspot.com/search/label/Atividades%20para%20os%20diferentes%20n%C3%ADveis%20de%20escrita

Alfabetização

Reflexões Sobre Alfabetização
                                                                 (Emilia Ferreiro)




       O livro aborda o método da alfabetização a partir da psicogênese da língua oral e escrita, apresenta visão da autora argentina Emilia Ferreiro apresentando suas pesquisas e demonstrando resultados significativos sobre os níveis de padrões evolutivos  (pré - silábico, silábico, silábico - alfabético e alfabético).

     Num primeiro momento a autora apresenta a representação da linguagem no processo de alfabetização deixando uma reflexão sobre os saberes que o aluno traz para a escola e como esses devem ser trabalhados pelos professores.

     Ressalta as concepções das crianças a respeito do sistema de escrita apresentando ilustrações sobre diferenciações interfigurais com crianças de 4 a 6 anos, a seguir aborda as concepções sobre a língua subjacente a pratica docente apresentando discussões sobre as estratégias e o uso dos métodos no ensino indo do sintético ao analítico.

     A seguir discute a compreensão do sistema de escrita, como construções originais da criança e informação especifica dos adultos, apresenta construções originais das crianças, e processos de aquisição da língua escrita no contexto escolar considerando a aprendizagem da leitura e escrita como um processo de aprendizagem escolar que se torna difícil reconhecermos que o desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes da escolarização.

     Emilia Ferreiro é construtivista e baseia seus estudos nas idéias de Piaget seu mestre
e inspiração, é um importante subsidio para educadores principalmente envolvidos com o processo de leitura e escrita (alfabetização), a mesma apresenta as fases da evolução da criança para a chegada na leitura ou no nível alfabético, no Brasil e em vários países sua pesquisa vem sendo usadas para melhorar a qualidade do ensino e principalmente na tentativa de incluir as classes menos favorecidas nesse processo de alfabetização.

      O livro então se constitui num manual pratico e prazeroso de conhecimento e reflexões sobre a questão da alfabetização, tema importantíssimo principalmente para educadores e estudantes de educação.